Há muito se tem falado a respeito do perigo de uma terceira grande guerra mundial. As disputas entre potências como Estados Unidos, China e Rússia sempre insuflaram esse temor. Pois agora, se olharmos para o que ocorre no mundo, estamos diante da terceira guerra. Todo mundo recolhido às suas casas e setor produtivo paralisado. Milhões de dólares de prejuízos e um número de mortos que cresce de forma exponencial.
A recuperação da Europa após toda a destruição da Segunda Guerra se deu através do famoso Plano Marshall. Capitaneado pelos Estados Unidos, o plano, cujo nome oficial era Plano de Recuperação Europeia, injetou 14 milhões de dólares na recuperação dos países aliados, valor que atualizado supera os 100 milhões de dólares. O objetivo era reconstruir as regiões devastadas pela guerra, remover barreiras comerciais, modernizar a indústria, dar prosperidade para a Europa Ocidental e impedir o avanço do comunismo, que passava a ser o novo inimigo.
Hoje, o mundo está necessitando de um novo e muito mais amplo Plano Marshall, para combater um inimigo que chegou sorrateiramente e disseminou-se por toda a parte: o tal coronavirus. Este misterioso micro-organismo produziu algo que até agora não se havia visto: parou o mundo. E mais do que isto, o apavorou. Enquanto as mortes estavam se dando pela China parecia algo distante, envolvendo um povo que, sabidamente, tem péssimos hábitos alimentares e de higiene. Mas, de repente, chegou ao coração da Europa. O estrago na Itália passou a ser, e ainda continua sendo, devastador. Os italianos nunca viram tantas mortes num só dia como estão vendo agora.
E para mostrar que não encontra obstáculos pela frente, por mais rico e poderoso que o país seja, o vírus chegou aos Estados Unidos. E logo o transformou no novo epicentro da pandemia. O que fez o presidente Donald Trump destinar para o seu combate uma verba vinte vezes maior que a destinada ao Plano Marshall. De cara são dois trilhões de dólares. Pouco ainda diante do que deve ser gasto por todo o mundo. Afinal, é uma situação de guerra mundial, que requer não só um extraordinário esforço do pessoal da saúde, como a conversão de instalações quaisquer em hospitais, e fabricas produzindo equipamentos médicos e hospitalares. E a estas alturas cada país tem que fazer o seu Plano Marshall.