A crise na economia mundial devolveu a vantagem que Barack Obama vinha tendo sobre John McCain. Soma-se a isto a diminuição do chamado “efeito Palin”, provocado pelo anúncio de Sarah Palin como candidata a vice dos republicanos. Na medida em que se aproxima a data da eleição americana, dá para se vislumbrar a diferença abissal em termos de política externa que envolve o Partido Democrata e Partido Republicano. O que é manifestado por seus candidatos e por seus integrantes.
Barack Obama já deixou claro que vai se reunir com qualquer dirigente mundial, independentemente de pré-condições. E isto envolve até dirigentes considerados hoje inimigos dos EUA, como o iraniano Mahomoud Ahmadinejad. Sem contar que pretende acabar logo com a presença americana no Iraque. Do lado republicano, o que se tem hoje, com Bush no poder, é um acirramento das relações com a Rússia, com a secretária de Estado Condoleezza Rice ameaçando o isolamento de Moscou. E quanto ao candidato McCain, já disse que quer continuar no Iraque,que não se reúne com dirigentes considerados inimigos e mais, ontem ele veio com uma pérola. Questionado por uma jornalista espanhola se encontrar-se-ia com o primeiro-ministro Zapatero, disse que só se encontraria “com chefes de estado que têm os mesmo princípios e a mesma filosofia que a gente: direitos humanos, democracia e liberdade”. Como se estes preceitos não estivessem presentes na Espanha. Sem contar que em questões de direitos humanos o governo republicano de Bush tem no seu histórico as violações de Guantánamo e Abu Greib.
Assim, não é sem razão que, se nos EUA a disputa eleitoral está indefinida, pelo mundo afora a preferência é majoritária para Obama.