Os incêndios na Amazônia têm provocado protestos tanto por parte de governantes europeus, como também pelas suas populações. Em várias capitais européias foram realizadas manifestações nesta sexta-feira defronte a embaixada brasileira, com cartazes criticando o nosso governo. E este, o que vinha fazendo era ampliar as críticas aos acusadores. Nesta sexta-feira, finalmente, ele fez o que deveria ter feito quando surgiram as primeiras críticas.
Senão, vejamos. Quando surgiram as primeiras críticas, partidas dos governos da Alemanha e da Noruega, que anunciaram o corte de verbas para a preservação da Amazônia, o que Bolsonaro fez? Disse que não precisava do dinheiro da Alemanha e que a Noruega mata baleias no Artigo. E o que deveria ter feito? Buscar o diálogo com os governantes desses países, mostrando-lhes o mapa climático do Brasil, que apresenta as suas partes norte e central em vermelho, decorrência da seca, situação que favorece as queimadas. Ao mesmo tempo, mostrar para esses dirigentes a política que vem sendo desenvolvida para a Amazônia, com o apoio inclusive das Forças Armadas. E ainda que o problema das queimadas na região não é só do Brasil, posto que na Bolívia o governo também está às voltas com milhares de hectares que estão queimando e cuja fumaça chegou a São Paulo.
Bolsonaro poderia indagar sobre o porquê que, seguidamente, na Califórnia e em Portugal imensas áreas florestais são consumidas pelas chamas, que consomem junto imensas mansões. Seria por desprezo dos governos ou por condições impostas pela natureza?
Sabe-se que com relação à Amazônia tudo é diferente. Há o mito de que é pulmão do mundo e, como tal, tem que ficar intacta. E o olhar do mundo para a Amazônia é diferente do olhar para Portugal, para a Califórnia ou para qualquer outra parte. E por trás desse mito, sabe-se também, vêm as ONGs que sob a máscara de ajudar as populações ribeirinhas ou indígenas, nada mais estão fazendo que roubar a nossa biodiversidade, fonte para produtos farmacêuticos ou de beleza desenvolvidos por grandes multinacionais desses setores. O governo brasileiro tem que lutar ainda contra os madeireiros que clandestinamente abatem árvores.
Nada disso, até ontem. fora colocado por Bolsonaro aos dirigentes europeus, a ponto de o Brasil ser o vilão a ser execrado na reunião do G-7 neste final de semana na França. Entramos no olho do furacão. Menos mal que, mesmo com atraso, Bolsonaro resolveu mostrar o que aqui está sendo feito com relação à Amazônia.