Muitas brigas e especulações têm resultado em função da pandemia causada pelo coronavirus. A maior delas envolve os Estados Unidos e a China, com acusações mútuas. O presidente Donald Trump seguidamente dá uma cutucada em Pequim. Como, por exemplo,quando falou que “os EUA apoiarão fortemente as indústrias, como companhias aéreas e outras, que são particularmente afetadas pelo vírus chinês”. Em outra fala Trump disse que “o coronavirus veio da China. Creio que esse nome (vírus chinês) é muito apropriado”. A China tem retrucado com uma teoria muito pouco provável. A de que o coronavirus foi levado à China por militares dos EUA. Para o ministro de Relações Exteriores Zaho Lijian, os Estados Unidos devem explicações para a China porque teriam levado o vírus para Wuhan. Sabe-se que no mundo na espionagem tudo é possível, porém a presença de soldados norte-americanos em Wuhan não é algo que se tenha conhecimento.
Outra teoria, diz que a China criou o vírus e o espalhou pelo mundo para lucrar. Ou seja, beneficiar-se econômica e financeiramente. Estaria promovendo a desestabilização das outras economias, fazendo as ações das companhias ocidentais perderem valor e aproveitando para seus investidores às comprar. Ora, a economia chinesa afundou tanto ou mais que as demais. Os números são catastróficos. A produção industrial teve retração pela primeira vez em 30 anos e as vendas no varejo despencaram. Nos dois primeiros meses do ano a produção industrial caiu 13,5%, contra alta de 6,9% em dezembro. As vendas no varejo recuaram 20,2% ante os dois primeiros meses de 2019. As restrições impostas à circulação derrubaram o tráfego de uma média de 50 mil para dois mil o total de conteiners desembarcados diariamente. Os números são do Instituto Nacional de Estatísticas.
Outra briga, esta criada desnecessariamente, envolveu o Brasil e a China. Tudo pelas manifestações impensadas, para dizer o mínimo, do deputado Eduardo Bolsonaro. Comparou o descaso da então União Soviética com o acidente nuclear de Chernobyl à presente ação da China com o coronavirus. Algo que poderia até passar batido não fosse ele filho do presidente. E aí é de se perguntar: porque criar um atrito com o nosso maior parceiro comercial? O país que leva 27% de nossas exportações e que nos últimos anos investiu mais de 80 bilhões de dólares no Brasil.
Por fim, quero citar não outra briga, mas, uma louvável ação conjunta de dois povos que estão sempre em conflito: israelenses e palestinos. Numa trégua improvável, têm trabalho juntos para evitar a proliferação do coronavirus na Terra Santa.