Passei esta semana nos Emirados Árabes Unidos, jovem país formado em 1971 pela junção de sete emirados, Abu Dhabi, que tornou-se a capital, Dubai, Ajman, Sharjah, Fujairah, Umm Al-Qaiwain e Ras Al-Khaimah. Uniu-os a exploração do petróleo, produto que fora descoberto em 1958 nesta região que até então era paupérrima, tendo sua principal renda vinha da pesca de pérolas.
Hoje, Abu Dhabi é uma cidade que recebeu múltiplos investimentos, buscando atrair a atenção dos turistas para sua praias bonitas e suas construções imponentes. Em meio das quais a mesquita Sheikh Zayed, toda adornada por dentro e com um exterior absolutamente monumental. E as estas obras veio se somar recentemente uma filial do Museu do Louvre.
No entanto, Dubai é algo incrível. Arquitetura moderníssima, arranha-céus, prédios suntuosos, uma cidade com um crescimento incessante e rápido. E que procura ser maior em tudo. Assim, construiu, vejam bem, de 2004 a 2009, ou seja, em apenas cinco anos, a torre mais alta do mundo, o Burj Khalifa, que tem 828 metros de altura, de onde se tem uma vista extraordinária em 360 graus de toda a cidade. Grudado a ele o Dubai Mall, o maior shopping do mundo e que tem no seu interior um enorme aquário, onde nadam até tubarões. Já no Emirates Mall, entre tantas atrações, o visitante se depara neste país de deserto com um espaço coberto de neve, com pista de ski e teleférico, como se estivesse nos Alpes suíços. Numa ilha artificial está o Burj al Arab, em forma de barco a vela, que os locais se orgulham de dizer que é o único hotel sete estrelas do mundo. E como a Arábia Saudita já está projetando um prédio para ser mais alto que o Burj Khalifa, Dubai já lançou o projeto de uma torre com cem metros a mais. Vai dominar o visual da cidade assim como a Torre Eiffel em Paris.
A torre será inaugurada junto com a Expo 2020, uma feira internacional que reúne diversos setores, como empresas privadas, ongs e instituições governamentais, todas destinadas a discutir temas como negócios, tecnologia, urbanismo, sustentabilidade, ciências, cultura, gastronomia e economia. E como dinheiro chama dinheiro, com uma verba de US$ 7,5 bilhões destinada a realização da Expo, Dubai estima um retorno de US$ 20 bilhões e a criação de 270 mil empregos ligados ao comércio e serviços. Resta dizer que estes sete emirados são próximos um do outro e ligados por excelentes rodovias de três pistas e iluminadas. Enfim, estive em meio a uma outra realidade.